Muitos
homens não têm a causa de infertilidade evidenciada pelos médicos. São homens
cujo tratamento é mais difícil e prolongado, principalmente em busca de uma
melhora no espermograma e nos outros exames que são utilizados para avaliar a
fertilidade. Eles podem ser tratados com alguns medicamentos e vitaminas com a
intenção de melhorar a fertilidade, embora muitos deles não tenham comprovação científica
adequada para se afirmar tal benefício.
Não
podemos nos esquecer também de que alimentos ricos em vitaminas específicas
para a fertilidade e o acompanhamento médico são fundamentais durante o uso de
suplementos, medicações e vitaminas. A promessa sempre é de melhora do número e
qualidade dos espermatozoides. Mas, muitas vezes, essa melhora não é
acompanhada do aumento das chances de gravidez e, em alguns casos, o uso de
maneira inadequada ou sem a correta indicação pode até piorar a fertilidade
masculina.
O
foco de ação das vitaminas e medicações atualmente é o combate aos tão famosos
radicais livres e seus efeitos deletérios na produção dos espermatozoides.
Desta forma, muitas delas são conhecidas como antioxidantes.
A vitamina A, presente em alimentos como
fígado, brócolis, frutas e vegetais de cor amarela, laranja ou vermelha
(cenoura, damasco seco), é essencial para utilização de proteínas e de outras
vitaminas.
Vitamina C
A
vitamina C, utilizada sob a forma de comprimidos, também presente na laranja,
limão, acerola, brócolis, couve e couve flor, é um potente antioxidante e pode
melhorar a movimentação dos espermatozoides. Uma dose diária de 1.000 mg de
vitamina C é suficiente.
Vitamina E
A vitamina E pode proteger os espermatozoides
de mutações e auxiliar na produção de hormônios importantes para a fertilidade
masculina, além de ser um antioxidante. Suas fontes principais são: óleo de
gérmen de trigo, óleo de girassol, nozes, amendoim e brócolis. A dose diária
recomendada é de 400 UI e pode ser encontrada em polivitamínicos. A carência de
vitamina E pode levar a problemas no sistema reprodutor, como degeneração dos
testículos e supressão da fertilidade.
Zinco
O zinco, presente em cereais integrais,
ostras, frutos do mar, germe de trigo, ovos, abóbora, avelãs e outras nozes,
feijões, levedo de cerveja e cebolas, está associado a melhora da concentração
e contagem de espermatozoides. A dose eficaz é de 15 mg por dia e também está
presente em diversos polivitamínicos.
Ômega-3
O ômega-3, geralmente encontrado em peixes,
soja, milho, ovos e leite, melhora a movimentação dos espermatozoides,
aumentando as chances de fecundação do óvulo. Também pode ser encontrada em
preparados vitamínicos, com 3 g ao dia. Estudos em ratos, nos Estados Unidos,
demonstraram reversão do estado de infertilidade com o uso prolongado da
substância.
Vale
lembrar que o estilo de vida saudável, com menos estresse, longe do cigarro,
com o peso na faixa correta e a prática de atividades físicas são tão importantes
quanto a ingestão adequada de vitaminas e suplementos. Além disso, os efeitos
destas substâncias ocorre a longo prazo e não imediato.
Mesmo casais que
estejam em tratamento de reprodução assistida podem se beneficiar do uso de
polivitamínicos. Uma boa orientação nutricional, aliada ao acompanhamento de
cada caso por um especialista em reprodução humana, pode ajudar na realização
do sonho de ter filhos.
Fonte:
Portal Minha Vida